terça-feira, 22 de setembro de 2009

Curiosidade!!! Carros feitos com latinhas.

Carros antigos feitos com latinhas de cerveja e refrigerante. Um trabalho manual muito bem feito




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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Lincoln usado no governo de Getúlio vaga errante de museu em museu.


RIO - Parece até galinheiro: um retângulo cercado por tela e coberto por telhas de eternit. Em vez de frangos, a rústica construção nos fundos do Museu do Ingá, em Niterói, abriga um automóvel raríssimo e de alto valor histórico: uma limusine conversível Lincoln K, ano 1935, usada pelo governo na Era Vargas.

Sua longa história inclui um roubo na década de 80. De lá para cá, o decrépito carrão tem vagado por depósitos de diversos museus, à espera da restauração que nunca chega. É enxotado de um lado para outro. Ninguém quer ter como encosto essa alma penada do Estado Novo.

Há cinco anos, o Lincoln jaz no Museu do Ingá. A pintura escura está toda descascada. Os faróis e o para-choque dianteiro foram perdidos. O motor V12 de 6,8 litros está aberto, com os pistões expostos. Alguns componentes mecânicos estão guardados numa casa nos fundos do museu, mas a chave do imóvel sumiu. Mesmo assim, o zumbi mecânico se impõe.Seu interior está completo e a carroceria, bem alinhada. Cavaletes preservam seus pneus e a suspensão. Uma restauração leve e um mínimo de carinho já o deixariam com aparência mais digna.

O Lincoln hoje pertence à Funarj, entidade da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. De sua história, sobraram registros imprecisos.

Fabricados nos Estados Unidos, os Lincoln série K eram os modelos mais suntuosos do grupo Ford nos anos 30. Sua gigantesca distância entre-eixos (3,68m) e os sete lugares, com banquinhos dobráveis, o tornaram uma escolha certa dos chefes de Estado.

Em 1935, foram produzidas apenas 15 unidades do Lincoln K na versão Touring, conversível de sete lugares. A carroceria era de alumínio, feita artesanalmente. Fato é que um exemplar chegou ao Brasil para servir ao governo.

A quais órgãos o carrão atendeu durante a Era Vargas, não se sabe exatamente. Nos arquivos do GLOBO, encontramos uma foto do mesmo Lincoln em 1942, transportando o general Agustín Justo, ex-presidenteda Argentina, em visita ao Rio. Ao lado do militar, estava o então prefeito-interventor do Distrito Federal, Henrique Dodsworth.

Segundo a Secretaria de Cultura, o Lincoln foi doado pela Ford ao governo brasileiro (para uso do presidente Getúlio Vargas) e, posteriormente, teria sido repassado a Pedro Ernesto, prefeito do Rio de 1931 a 1936.

Há controvérsias. Getúlio desfilava num Lincoln conversível, mas era um modelo 1934 - com várias diferenças em relação ao carro esquecido no Ingá.

A placa 41 com brasão da República, que aparece na foto com o general Justo, não era da prefeitura, mas do Ministério das Relações Exteriores - afirma o paulista Antônio Sérgio Ribeiro, que coleciona velhos carros oficiais.1962: nos tempos da Guanabara, o velho Lincoln continuava ativo e bem conservado. Levou o governador Lacerda em um desfile na Tijuca.

Nos arquivos do jornal achamos ainda uma foto do mesmo Lincoln em 1962. Estava na garagem da uperintendência de Transporte do recém-criado Estado da Guanabara. Na fachada do prédio, a frase "Aqui zelamos pelo patrimônio do Estado" hoje soa irônica.

Em 1962, o carro já era considerado uma relíquia "que serviu a Pedro Ernesto". Ainda estava em ótimas condições: tanto que levou o governador Carlos Lacerda num desfile pela Tijuca. Antecedido por batedores e cercado por uma multidão, o Lincoln viveu ali sua derradeira glória.

Ainda nos anos 60, o Lincoln foi transferido para a Secretaria de Cultura, sendo levado para o Museu Histórico da Cidade, na Gávea, onde ficou por muitos anos guardado numa oficina de marcenaria.

Parecia que, depois disso, o carro teria uma existência tranquila. Seu périplo, contudo, estava só começando...

Em 1984, o automóvel foi tirado do museu para uma alegada "restauração", numa oficina em Jacarepaguá. De lá, desapareceu.

Quatro anos depois, sócios do Veteran Car Club do Rio se interessaram pela recuperação - e só então a Funarj se deu conta de que o Lincoln havia sido roubado...

- Se um carro com sete metros de comprimento some, imagina o que não acontece com jóias e pequenas relíquias - diz Roberto Machado, então presidente do clube de carros antigos.

Foram os membros do Veteran que avisaram à imprensa sobre o sumiço do Lincoln e iniciaram as buscas.

- Fiz um dossiê com fotos e comecei a espalhar a notícia em todos os encontros de automóveis antigos - conta o sócio Ony Coutinho.

Alertado, um entusiasta denunciou que o carro estava sendo vendido por US$ 70 mil. Um industrial estava com o Lincoln escondido em uma fazenda nos arredores de São José dos Campos.

Fingindo-se interessados na compra, os sócios do Veteran chamaram a polícia e serviram de isca para recuperar o carro. Conseguiram o intento e houve até churrasco na delegacia - mas ninguém foi preso.

A essa altura, o motor já havia sido aberto. Faróis e para-choque foram perdidos.

De volta ao Rio, em 1990, e novamente em poder da Funarj, o Lincoln foi para o Museu do 1 Reinado, em São Cristóvão. Mas nada de exposição: nos dez anos seguintes, o carro ficou no estacionamento, guardado sob um precário telheiro e coberto por uma lona.

A esta altura, um convênio entre o Governo do Estado e a prefeitura havia sido assinado e ninguém sabia de quem era a responsabilidade pela restauração do automóvel.
- Fiquei sentido. Fizemos o maior esforço e não houve qualquer reconhecimento. No fim, a recuperação do carro não deu em nada - lamenta Machado.

A nova esperança veio em 1990, quando o economista Guilherme Pfisterer, da associação de amigos do Museu Histórico Nacional, fez um plano de restauração.

Pfisterer tinha um bom retrospecto: apaixonado por automóveis, havia coordenado uma restauração impecável num Protos 1908 que fora usado pelo Barão do Rio Branco e estava em petição de miséria no museu.

A Funarj fez um comodato cedendo o Lincoln ao MHN por 25 anos, e o carro foi para os bastidores do prédio, na Praça XV. Ficou bem abrigado, enquanto Pfisterer buscava patrocinadores para a recuperação. O orçamento do serviço, a ser feito por um restaurador de Santa Catarina, era de R$ 270 mil.

O projeto oferecia descontos fiscais pela Lei de Incentivo à Cultura.Entre outras empresas, Pfisterer bateu às portas da Ford e da Petrobras.

Eis que o MHN entrou em obras, em 2004. Como nenhum mecenas se prontificara a pagar o restauro do Lincoln, Vera Tostes, diretora do museu, decidiu devolvê-lo à Funarj.

Novamente, o impasse: onde deixar o enorme automóvel? Chegaram a cogitar sua transferência ao Palácio do Catete, mas o carro acabou atravessando a Baía rumo ao Museu do Ingá, que tem coleções de artes, pinturas, leques e porcelanas. Já se vão cinco anos.

Dora Silveira, diretora do museu niteroiense, explica que o automóvel não é parte do acervo da instituição.

- O carro não é nosso. Foi transferido para que não fosse danificado durante as obras do MHN. Com a dificuldade de restaurá-lo, acabou esquecido - explica Dora.

E, assim, o fantasma do Estado Novo aguarda um novo museu para assombrar.
1990: O Lincoln é resgatado de uma fazenda de São José dos Campos. O roubo do carro fora descoberto por sócios do Veteran Car Club do Rio, quatro anos antes.
Fonte : Desconhecida - recebida via email

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Atualizando

Algumas fotos de fuscas interessantes.


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Primo Distante !!!


Colaboração do amigo Marcelo - http://vwbr.blogspot.com/

Atualizando blog.